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Resumos dos Temas Livres • ENFERMAGEM

SESSÃO I • AUDITÓRIO 2 • 14h00 - 15h30

26 de março sexta-feira

TL 01

Tempo de permanência na UTI no pós-operatório de Cirurgia de Revascularização do Miocárdio: é seguro dar alta no 1º pós-operatório?

Denise Louzada Ramos; Mariana Yumi Okada; Nilza Sandra Lasta; Viviane Fernandes; Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva; Giuliano Generoso; Fernanda de Andrade Cardoso; José Carlos Teixeira Garcia; Antonio Claudio do Amaral Baruzzi; João Galantier; Valter Furlan

INTRODUÇÃO: A preocupação com o tempo de estadia hospitalar do paciente em pós-operatório de cirurgia cardíaca tem sido crescente, seja pelas complicações relacionadas com esta estadia, seja na redução do custo global dos procedimentos.
OBJETIVO: Identificar a segurança de diminuir o tempo de permanência na UTI para pacientes submetidos a cirurgia cardíaca.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos pacientes de cirurgia de revascularização do miocárdio isolada entre janeiro de 2012 e outubro de 2014. Foram analisados dois grupos: A - pacientes que receberam alta da UTI até o 1º dia de pós-operatório em um total máximo de 36 horas em UTI (1ºPO) e B - pacientes que receberam alta após o 1ºPO. Analisamos o perfil demográfico e os desfechos: tempos de intubação (IOT), UTI, internação hospitalar e na UTI e óbito.
RESULTADO: Foram operados 879 pacientes, 185 (21,1%) recebido alta da UTI até o 1ºPO. O perfil demográfico esta apresentado na tabela 1. Os seguintes desfechos foram observados respectivamente nos grupos A e B: Tempo de IOT em horas (4,3 +- 3,52 versus 8,5 +- 16,08; p < 0,01), Tempo em UTI em dias (1,1+- 0,17 versus 2,7 dias +- 2,18; p < 0,01), Tempo de Hospitalização (4,6+- 1,59 e 7,0 +-6,19; p < 0,01 ), reinternação em UTI (1,6% e 3,9%; p = 0,17), reinternação hospitalar (6,5% e 14,3%; p < 0,01) e Mortalidade (0% e 1, 7%; p=0,08).
CONCLUSÃO: No grupo estudado a alta da UTI no 1º dia de pós-operatório foi segura, sugerindo que para pacientes selecionados, esta prática pode ser utilizada rotineiramente.

 


 

TL 02

Educação em saúde para pacientes com ansiedade no pré-operatório de cirurgia cardíaca

Christefany Régia Braz Costa; Karyne Kirley Negromonte Gonçalves; Jadiane Ingrid da Silva; Thaisa Remigio Figueirêdo; Maria Mariana Barros Melo da Silveira; Gabriela Freire de Almeida Vitorino; Rebeka Maria de Oliveira Belo; Mayara Inácio de Oliveira; Hirla Vanessa Soares de Araújo; Jerssycca Paula do Santos Nascimento; Andrey Vieira de Queiroga; Eduardo Tavares Gomes; Renata Lívia de Souza Melo; Tallita Veríssimo Leal; Simone Maria Muniz da Silva Bezerra

INTRODUÇÃO: Os procedimentos cirúrgicos cardíacos possuem significado particular, pois além das alterações de hábitos de vida e limitações da própria doença, há uma associação do coração enquanto órgão relacionado à vida, à morte e à geração dos sentimentos, entre o quais destaca-se a ansiedade.
OBJETIVO: Avaliar a eficácia de uma intervenção educativa no pré-operatório de cirurgia cardíaca na redução dos níveis de ansiedade através de um estudo clínico randomizado.
MATERIAL E MÉTODOS: Realizado em um hospital de referencia em cardiologia de Pernambuco, em 2014. Foram alocados aleatoriamente 46 pacientes em dois grupos, no período pré-operatório, um submetido à intervenção educativa relacionada ao trâmite cirúrgico (n=24) e outro controle (n=22), que permaneceu sob os cuidados habituais da equipe. Utilizou-se questionário próprio para variáveis sócio-demográficas e clínicas e o Inventário de Ansiedade de Beck. Para análise estatística o software SPSS 20.0 e testes paramétricos não-pareados para comparação de frequências e médias. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
RESULTADO: Não houve diferença significativa no tocante as variáveis sócio-demográficas e clínicas entre os dois grupos. As médias de ansiedade encontradas foram consideradas como leve na amostra (8,14±7,02) e no grupo controle (9,44±8,14), e mínima no grupo submetido a intervenção educativa (6,78±6,1), sem significância estatística na comparação entre os grupos. Ambos os grupos tiveram predominância de pacientes com ansiedade mínima a leve, sendo maior a proporção de ansiosos moderados a severos no grupo controle (22,73%, p<0,05).
CONCLUSÃO: O grupo que participou da intervenção educativa apresentou menores níveis e menor média de ansiedade. Significância estatística deve ser testada em amostras maiores.

 


 

TL 03

Validação de conteúdo de manual peri-operatório de cirurgia cardiovascular

Katherine Sayuri Ogusuku; Vinicius Batista Santos; Juliana Alves de Almeida; Nina Suemi Karazawa; Tadiela Lodea; Isis Begot Valente; Rodolpho Patines Pereira; Paloma Ferrer Gomez; Rachel Santos de Aquino; Celina Mayumi Saito; Rita Simone Lopes Moreira; Walace Pimentel; Diego Gaia; Walter Gomes

INTRODUÇÃO: Cirurgia cardiovascular é um procedimento de alta complexidade e gera ao paciente dúvidas e insegurança. É necessário que sejam informados sobre o período pré-operatório para que possam participar efetivamente no tratamento, guiado pelos quatro princípios da ética em saúde.
OBJETIVO: Validar o conteúdo do manual multiprofissional de orientações peri-operatórios de cirurgia cardiovascular.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo tranversal aplicado na Unidade de Cirurgia Cardiovascular de um hospital universitário de grande porte da cidade de São Paulo, de Dezembro de 2014 a Janeiro de 2015. Realizado validação do manual de orientações ao paciente que realizará cirurgia cardíaca por meio de questionário. O instrumento foi respondido por expertises em Cardiologia da equipe multiprofissional em sala reservada nas dependências da unidade, por um único avaliador, de modo a evitar constrangimentos e desvios. O questionário é composto por 8 questões, cada uma com 4 sub-itens (informação adequada; linguagem acessiva; tamanho e estilo de letra; gravuras adequadas0, dividida em 3 domínios (1-Concorda totalmente; 2-Concorda parcialmente; 3-Discorda totalmente).
RESULTADO: Foram avaliados 12 fichas de validação realizadas por expertises, sendo 1 Doutor, 2 mestres e 9 especialistas. Dos dados, encontrou-se 90% de concordância total, 9% de concordância parcial com a cartilha e 1% de não concordância quanto aos itens abordados.
CONCLUSÃO: Após a análise dos dados, conclui-se que o uso de um manual de orientação validado é muito importante e está diretamente relacionado a uma assistência de qualidade, proporcionando ao cliente um esclarecimento sobre o processo de internação até sua alta. Ficou validado como um bom instrumento para ser distribuído para os pacientes.

 


 

TL 04

Função sexual relatada por pacientes após transplante cardíaco

Alexandra Nogueira Mello Lopes; Andressa Freitas da Silva; Lidia Lucas de Lima; Leticia Orlandin; Fernanda Bandeira Domingues; Graziella Badin Aliti; Eneida Rejane Rabelo da Silva; Maria Antonieta Moraes

INTRODUÇÃO: Pacientes com cardiopatas graves apresentam graus elevados de disfunção sexual, no entanto, após o transplante cardíaco poucos estudos afirmam que essa prevalência se mantém/aumenta, mesmo com a melhora da capacidade funcional e qualidade de vida.
OBJETIVO: Investigar a prevalência de disfunção erétil em homens e prevalência de risco de disfunção sexual em mulheres após o transplante cardíaco, relacionando com as características sociodemográficas e clinicas.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal realizado em duas instituições de Porto Alegre, de dezembro de 2013 a abril de 2014. Foram elegíveis pacientes adultos transplantados cardíacos. Foi aplicado em consulta ambulatorial o questionário Índice Internacional de Função Erétil para os homens, e para as mulheres foi utilizado o Índice de Função Sexual Feminina, ambos traduzidos e validados para língua portuguesa. Os dados sociodemográficos e clínicos foram coletados a partir do prontuário dos pacientes.
RESULTADO: Foram incluídos 42 pacientes de ambos os sexos, com idade de 57±13, 74% do sexo masculino e 73,8% casados. O tempo de transplante foi 9(5-13)anos; 70% dos pacientes tinham diabetes e hipertensão; 57% afirmaram que a vida sexual após o transplante melhorou consideravelmente, 34,4% dos homens apresentaram grau moderado/grave de disfunção erétil e 90% das mulheres apresentaram risco maior para disfunção sexual. Nenhuma característica sociodemográfica ou clinica foi associada com disfunção sexual.
CONCLUSÃO: Os dados deste estudo nos permitem concluir que o desempenho sexual melhora após o transplante cardíaco, principalmente para os homens, contudo, para as mulheres parece que a cirurgia não interfere na sua função sexual.

 


 

TL 05

Educação em saúde para cuidadores/responsáveis de crianças com cardiopatia congênita no pré-operatório de cirurgia cardíaca

Rebeka Maria de Oliveira Belo; Andrey Vieira de Queiroga; Eduardo Tavares Gomes; Thaisa Remigio Figueirêdo; Christefany Régia Braz Costa; Gabriela Freire de Almeida Vitorino; Hirla Vanessa Soares de Araújo; Jerssyca Paula Santos Nascimento; Maria Mariana Barros Melo da Silveira; Mayara Inácio de Oliveira; Renata Lívia de Souza Melo; Tallita Veríssimo Leal; Simone Maria Muniz da Silva Bezerra

INTRODUÇÃO: A educação para o cuidado em saúde é uma importante ferramenta utilizada pelo enfermeiro, cuja finalidade consiste em reduzir a ansiedade e o estresse antes da cirurgia1,2
OBJETIVO: Avaliar o impacto de ações educativas nos cuidadores/responsáveis de crianças com cardiopatia congênita na redução do nível de ansiedade.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo do tipo grupo intervencionista, realizada em um hospital de referência de Pernambuco, no período de junho a setembro de 2014. Participaram do estudo 32 cuidadores/responsáveis de crianças com cardiopatia congênita. A análise de normalidade da distribuição dos escores de ansiedade foi realizada através do teste de Kolmogorov-Smirnov. A comparação das médias de ansiedade obtidas nas avaliações das ações educativas foi realizada com o teste t pareado.
RESULTADO: Observou-se uma predominância do cuidador/responsável do sexo feminino (90,6%), afro-descendente (53,1%), renda familiar de 1,84 salários mínimos, a média de idade de 33,19±11,24 anos e 37,5% eram provenientes de outros estados brasileiros ou de outros municípios do estado de Pernambuco. A amostra manteve-se nas duas avaliações na faixa de ansiedade leve, mas a comparação entre os valores antes (17,12±10,46) e depois das ações (12,47±8,98) mostrou que a mesma foi eficaz na redução dos escores (p=0,001).
CONCLUSÃO: Diante da análise dos dados, tornou-se evidente a importância da intervenção educativa na redução dos níveis de ansiedade dos cuidadores de crianças com cardiopatia congênita.

 


 

TL 06

Desafios para a enfermagem frente aos dispositivos de assistência ventricular em paciente em pósoperatório de transplante cardíaco

Letícia Orlandin; Fernanda Bandeira Domingues; Viviane Bernardi; Graziella Aliti; Eneida Rejane Rabelo-Silva

INTRODUÇÃO: A rejeição aguda com choque cardiogênico em pós-operatório de transplante cardíaco é uma temida complicação. Em casos mais graves, além da terapêutica padrão para rejeição, pode ser demandado a utilização de dispositivos de assistência vntricular que atuam como ponte até resolução da rejeição ou re-transplante. Esses dispositivos ainda são incipientes na nossa prática clinica e necessitam mais conhecimento sobre seus benefícios e cuidados.
OBJETIVO: Descrever a utilização de dispositivos de assistência ventricular em paciente com rejeição aguda e choque cardiogênico pós-transplante cardíaco.
MATERIAL E MÉTODOS: Relato de caso. Mulher, 63 anos, submetida a transplante cardíaco por insuficiência cardíaca congestiva.
RESULTADO: No 5º dia de pós-operatório (PO) apresentou rejeição aguda do enxerto, grave disfunção bi-ventricular e choque cardiogênico refratário. No 7º PO foram instituídos suporte de assistência ventricular - Impella 5.0 e Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO) veno-arterial. Os dispositivos foram mantidos por 6 dias com melhora clínica significativa e recuperação das funções ventriculares esquerda e direita. Nesse período, os principais diagnósticos de enfermagem estabelecidos foram: Débito cardíaco diminuído relacionado à pós-carga alterada; Risco de sangramento relacionado aos efeitos adversos da terapia; Risco de infecção relacionada aos procedimentos invasivos e imunosssupressão.
CONCLUSÃO: A necessidade de suporte mecânico por rejeição aguda nesse cenário é infreqüente e torna-se um desafio para a equipe de enfermagem definir os cuidados essenciais na monitorização desses novos dispositivos. A utilização do Processo de Enfermagem por meio de suas etapas, aliada à classificação de diagnóstico permite determinar com mais acurácia os cuidados neste cenário crítico.

 


 

TL 07

Educação em saúde como estratégia para pacientes sob terapia de anticoagulação oral crônica

Maria Mariana Barros Melo Da Silveira; Christefany Régia Braz Costa; Pollyanna Patrícia Rodrigues Silva; Rebeka Maria De Oliveira Belo; Gabriela Freire De Almeida Vitorino; Renata Lívia De Souza Melo; Tallita Veríssimo Leal; Andrey Vieira De Queiroga; Karolayne Vieira De Souza; Monique Oliveira Do Nascimento; Edson Dias Barbosa Neto; Paulo César Da Costa Galvão; Michellane De Miranda Pontes; Tarcísia Domingos De Araújo Sousa; Rossana Leitão Viana; Thaisa Remigio Figueirêdo; Simone Maria Muniz Da Silva Bezerra

INTRODUÇÃO: O uso de anticoagulantes orais tem aumentado devido a sua eficácia na prevenção de fenômenos tromboembólicos. A manutenção de uma Razão Nomartizada Internacional aos pacientes que fazem uso de Anticoagulantes Orais (ACO) depende de diversos fatores. Os ambulatórios de ACO ganham destaque no acompanhamento e orientação sobre os cuidados voltados ao uso dessas medicações, mediante a realização de ações educativas, através da atuação do profissional enfermeiro.
OBJETIVO: Relatar a experiência do uso da Educação em saúde como estratégia para o empoderamento de pacientes em uso de ACO, acompanhados ambulatorialmente em um hospital de referência.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência baseado na participação de atividades educativas desenvolvidas em um ambulatório de ACO. Fazem parte do ambulatório profissionais Médicos e Enfermeiros, que contam com a colaboração de acadêmicos e residentes de ambas as profissões. O enfermeiro realiza o acolhimento do pacientes e desenvolve atividade de educação em saúde em grupo. Os pacientes recebem orientações quanto ao uso do medicamento e os cuidados necessários. Após as orientações iniciam-se os atendimentos.
RESULTADO: A atividade de educação em saúde tem respondido às expectativas, à medida que diminuiu do número de pacientes fora da faixa terapêutica, ouve maior adesão ao tratamento, assiduidade e diminuição de complicações.
CONCLUSÃO: Conclui-se que as atividades de educação em saúde representam uma valiosa ferramenta de empoderamento nos ambulatórios de ACO, uma vez que promove o acolhimento dos pacientes, informa e contribui para a sensibilização e mudança de comportamento, diminuindo riscos e agravos, estimulando a participação ativa dos pacientes.

 


 

TL 08

Qualidade de vida de pacientes adultos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com ou sem circulação extracorpórea: revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados

Roberta Senger; Geicieli Silva; Luciane Arruda; Vinycius Marin; Ralf Stuermer; Renato A. K. Kalil; Clarissa G. Rodrigues

INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) continua sendo o tratamento de escolha para muitos pacientes com doença arterial coronariana (DAC) grave. Estudos tem comparado desfechos de pacientes submetidos à CRM com e sem circulação extracorpórea (CEC), todavia os efeitos dessas técnicas sobre a qualidade de vida dos pacientes (QV) não está totalmente esclarecido na literatura.
OBJETIVO: Comparar a QV de pacientes adultos submetidos à CRM com ou sem CEC.
MATERIAL E MÉTODOS: Revisão sistemática e meta-análise. Bases de dados: PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, Lilacs, ClinicaTrials.Gov e Cochrane Central Register de Ensaios Controlados. Critérios de elegibilidade: (1) ensaios clínicos randomizados (ECR); (2) adultos submetidos à CRM com ou sem CEC; (3) questionário validado de QV. A avaliação de títulos e resumos, textos completos, risco de viés e extração de dados foi realizada por dois revisores. Software Review Manager.
RESULTADO: Dos 2741 artigos avaliados, 13 ECR foram incluídos (9621 pacientes). Idade média: 59-76 anos; follow-up médio: 1,5-72 meses. A maior parte dos estudos apresentou moderado ou baixo risco de viés. QV: (1) Componente mental, 3-6 meses após CRM: 0,62(IC 95% -0,57 a 1,81); (2) Componente mental, 1-5 anos após CRM: 0.35(IC 95% -0,52 a 1,23); (3) Componente físico, 3-6 meses após CRM: 0.07(IC 95% -0,01 a 0,14); (2) Componente físico, 1-5 anos após CRM: -0.03(IC 95% -0.10 a 0,04).
CONCLUSÃO: Pacientes adultos submetidos à CRM com CEC apresentam escores de QV semelhantes a pacientes submetidos ao mesmo procedimento sem CEC.

 


 

TL 09

Ansiedade e depressão pré-operatória e cirurgia cardíaca

Gabriela Freire de Almeida Vitorino; Eduardo Tavares Gomes; Gabriela Freire de Almeida Vitorino; Juliana de Melo Borges; Janaina Vieira de Souza Chagas; Simone Maria Muniz da Silva Bezerra

INTRODUÇÃO: Estudos apontam que a ansiedade e a depressão são eventos frequentes no pré-operatório de cirurgia cardíaca.
OBJETIVO: Avaliar a ansiedade e a depressão de pacientes no período pré-operatório de cirurgia cardíaca.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo quantitativo realizado nas enfermarias do Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco. Utilizou-se um questionário sócio-demográfico e dados da cirurgia e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Serviram à análise estatísticas o teste t para comparação das médias e a correlação de Pearson para avaliar a associação entre variáveis.
RESULTADO: Foram entrevistados 86 pacientes que aguardavam a cirurgia de revascularização miocárdica (48,8%) e troca ou plastia de válvulas (51,2%), com média de idade 57,41±14,84, predominância do sexo masculino (53,5%), casados (46,51%), aposentados (58,14%), baixa escolaridade (6,47±5,57 anos de estudo), 3,41±2,75 filhos. A ansiedade e a depressão mostraramse na classificação leve (5,37±4,97 e 4,97±3,70, respectivamente), sendo ambas maiores entre as mulheres (p=0,004 e p=0,003). Os pacientes que se submeteram a cirurgia cardíaca prévia e que passaram por cancelamentos no agendamento da cirurgia tiveram médias maiores, com significância estatística para ansiedade e depressão. Apesar do elevado tempo de internamento (22,94±10,92 dias), não houve associação significativa entre a ansiedade e a depressão.
CONCLUSÃO: Os resultados indicam a necessidade de garantir a atenção no cuidado pré-operatório a presença de transtornos de humor. Os estudos devem buscar verificar o impacto da ansiedade e depressão pré-operatória na recuperação e no desfecho da cirurgia cardíaca.

Article receive on Saturday, July 12, 2014

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