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EDITORIAL

A RBCCV nas redes sociais

Domingo M Braile

DOI: 10.5935/1678-9741.20120059

 

O termo "rede social" está em voga atualmente, com a universalização crescente desse tipo de ferramenta na Internet e a ampliação de seus acessos seja via PCs, notebooks, iPhones, tablets e smartphones. Mas, longe de ser uma novidade, o conceito de "rede social" tem raízes centenárias. O embrião do sistema bancário, criado pela Ordem Templária, e as chamadas Corporações de Ofício, na Idade Média, podem ser citados como exemplos desse tipo de estrutura, que agrupa pessoas com interesses comuns.

Em se tratando da Internet, o ClassMates.com, criado em 1995, é considerado a primeira rede social. Acessado nos Estados Unidos e no Canadá, o objetivo do site era possibilitar reencontros entre amigos que estudaram juntos, seja no colégio ou na faculdade. O serviço era pago, porém conseguiu fazer sucesso e está on-line até hoje [1]. Contudo, o crescimento e a popularização ocorreram no século XXI. Atualmente, a grande sensação entre as redes sociais é o Facebook, criado em 2004 por Mark Zuckerberg, com a colaboração do brasileiro Eduardo Saverin, que tem mais de 900 milhões de usuários, de acordo com o jornal The New York Times [2].

As publicações científicas, como a "Science", já descobriram esse "nicho" e hoje utilizam as redes sociais para divulgar seus artigos mais importantes, conseguindo, por meio dos compartilhamentos e da opção "curtir", a disseminação do conhecimento científico, o que é de fundamental importância para todo cientista que acredita nos avanços da ciência, como uma informação a ser difundida amplamente, não podendo ficar restrita às bancadas dos laboratórios ou a grupos fechados, devendo rapidamente ser de conhecimento de toda a sociedade. É a Medicina Translacional, que busca transformar a pesquisa em benefício para o homem e a natureza!

A Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular/Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (RBCCV/BJCVS), ao longo dos anos, tem procurado acompanhar as inovações tecnológicas, acrescentou à edição impressa, pioneiramente a edição e a submissão eletrônicas, seguindo-se com a edição no formato e-Pub (para iPads, iPhones e congêneres) e flip (que tem a mesma formatação da edição impressa, podendo ser lida em PCs e notebooks), na forma de uma revista impressa, ou em PDF. Agora adiantando-nos ao futuro chegou o momento de também estar presente nas redes sociais.

Assim, desde agosto, a RBCCV tem seu perfil no Facebook (http://www.facebook.com/rbccv). O acesso também pode ser feito por meio do nosso site (www.rbccv.org.br) clicando no ícone do Facebook no alto da página. Lembrando que, para acessar, o usuário também precisa ter um perfil. Apesar de nossa entrada recente, nessas semanas, mais de 100 pessoas já "curtiram" a revista, no Brasil e no Exterior, e a tendência é de que esse número tenha um crescimento expressivo nos próximos meses. Em breve, estaremos disponibilizando artigos e vídeos, além de outras informações relativas à RBCCV, nessa e em outras Redes Sociais. Convidamos os prezados leitores a "curtirem" a nossa página.

O perfil no Facebook é apenas mais uma faceta da importância da RBCCV no cenário nacional e internacional. A recente divulgação do Fator de Impacto (1,239) posicionou a revista como a sexta no ranking das publicações científicas nacionais e a primeira da área cirúrgica. O Immediacy Index de 0,329 é o segundo maior entre as primeiras 20 revistas brasileiras da lista do ISI [3].

Esse crescente número de citações é reflexo de um trabalho árduo para a divulgação da RBCCV entre os cirurgiões cardiovasculares e profissionais de áreas afins, tanto no Brasil como no Exterior, em ações como adoção do DOI, banners em Congressos, ampliação do quadro internacional de revisores e, fundamental, a disponibilização do conteúdo em inglês.

Temos recebido cada vez mais manuscritos, permitindo planejar melhor as edições e, também, possibilitando rejeitar aqueles cujo conteúdo não segue os padrões mínimos exigidos pelo Corpo Editorial. Nosso índice de rejeição está na casa dos 40%, muito superior ao que era até alguns anos atrás. Por outro lado, os 60% que vão para o processo de revisão e posterior publicação têm tido um nível cada vez maior, demonstrando a preocupação dos autores em desenvolver trabalhos bem embasados, pautados pelos mais rígidos princípios científicos e éticos.

Dessa maneira, poderemos elevar ainda mais o nível dos artigos que vêm sendo cada vez mais citados, como mostra o nosso Fator de Impacto. Para atingirmos índice superior a 1,599, que é nossa meta para o próximo ano [3] e, assim, sermos classificados pela Capes como Qualis BI, nas Medicinas I, II e III, necessitamos de mais citações, nas revistas indexadas na Thomson Reuters (ISI), que só poderão ser obtidas com trabalhos inovadores e de relevância científica comprovada.

Embora o Fator de Impacto do ISI seja o índice mais utilizado para medir as citações das publicações científicas, há outros indicadores. No Relative Database Citation Potential, da Scopus, outra importante base de dados, o índice da RBCCV referente a 2011 é 1,70 (Figura 1). Isso demonstra que a nossa revista atingiu um patamar bastante sólido.

 

 

Traduzindo em números, juntando-se nosso site e a página da RBCCV na Scielo (www.scielo.br/rbccv), tivemos, em agosto de 2012, em média, mais de 4.200 acessos e aproximadamente 382 mil páginas exibidas diariamente, de internautas de mais de 100 países (Figura 2). São números robustos, que nos dão plenas condições de sonharmos com voos mais altos.

 

 

A fim de que esse sonho se transforme em realidade, continuaremos trabalhando com afinco, com apoio dos autores, revisores, Editores Associados, Membros do Conselho Editorial e Diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV). Sabemos que os desafios são grandes, mas temos consciência de que podemos superá-los.

Lembramos que, desde o volume 27.2, a tiragem da edição impressa da RBCCV foi reduzida, sendo distribuída apenas a instituições de ensino, bases de dados, patrocinadores, revistas congêneres e sócios que responderam à consulta realizada no mês de maio. O acesso ao conteúdo integral e gratuito da edição online, que compreende todo o acervo da RBCCV desde o primeiro número, em 1986, está disponível a todos os interessados, cujo número tem aumentado de maneira muito significativa.

Salientamos no presente fascículo o interessante artigo: Proposta de um Índice Cientométrico Individual, com ênfase na ponderação positiva da participação do primeiro autor: Índice H-FAC, da autoria dos colegas Francisco Gregori Júnior, Moacir Fernandes de Godoy e Francisco Ferreira Gregori [4]. Esse artigo introduz uma nova maneira de saber o impacto da produção científica dos pesquisadores, além de trazer informações importantes sobre os diferentes marcadores que demonstram a posição dos autores no ranking internacional.

Os artigos disponíveis para os testes pelo sistema de Educação Médica Continuada (EMC), nesta edição, são os seguintes: "Fatores associados à sobrevida em pacientes submetidos à transplante cardíaco utilizando microcardioplegia sanguínea retrógrada" (pág. 347), "Implante valve-in-valve transcateter: uma mudança de seleção?" (pág. 355), "Mortalidade em longo prazo da infecção esternal profunda após revascularização do miocárdio" (pág. 377) e Influence of fresh frozen plasma as a trigger factor for kidney dysfunction in cardiovascular surgery" (pág. 405).

Recebam meu abraço,

 

Domingo M. Braile
* Editor-chefe
RBCCV-BJCVS

REFERÊNCIAS

1. http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/07/historia-das-redes-sociais.html

2. http://www.nytimes.com/2012/05/15/technology/facebook-needs-to-turn-data-trove-into-investor-gold.html?pagewanted=2&_r=1

3. Braile DM. Novo fator de Impacto: 1,239. Meta é passar de 1,5 em 2013. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2012;27(2):I-II.

4. Gregori Júnior F, Godoy MF, Gregori FF. Proposta de um índice cientométrico individual, com ênfase na ponderação positiva da participação do primeiro autor: índice H-FAC. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2012;27(3):370-6. Visualizar artigo

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