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RESUMOS DOS PÔSTERES ENFERMAGEM

Resumos dos Pôsteres Enfermagem

POSTER BREAK – 14 DE ABRIL DE 2012 – SÁBADO

P 01

Melhor evidência para manejo de ferida operatória na cirurgia cardíaca: uma revisão integrativa

Cintia Capistrano Teixeira Rocha; Anne Tatiane Dantas Sales; Jullyani Queirós dos Santos; Poliana Carvalho de Souza; Noeme Beatriz Dantas de Paiva; Rayanne Suelly da Costa Silva; Danielly Isabel Gomes de Lima; Ysabelly Cristina Araujo Fonseca; Neyse Patrícia do Nascimento Mendes

INTRODUÇÃO: O manejo da ferida operatória em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca é enfatizado devido à importância de práticas que previnam infecções pós-operatórias, já que elas podem estar associadas à mortalidade tardia, diminuição da qualidade de vida, hospitalização prolongada e aumento de custos globais.
OBJETIVO: Descrever as melhores evidências no manejo de ferida operatória na cirurgia cardíaca no intuito de prevenir ou minimizar as consequências de uma infecção potencialmente evitável.
MÉTODOS: TODOS-se de uma revisão realizada nos bancos de dados da LILACS, CINAHL, MEDLINE, SciElo e PubMed. Foram encontradas 08 publicações: LILACS (1), MEDLINE (2), PubMed (2), CINAHL (3) e utilizados como critérios de inclusão: ensaios clínicos e estudos randomizados de 2001 a 2011.
RESULTADOS: Dos oito artigos selecionados, quatro artigos são de baixa evidência, um artigo com evidências comprovadas, dois estudos randomizados inconclusivos e um estudo randomizado de baixa evidência por apresentar alguns vieses.
DISCUSSÃO: Destaca-se como melhor evidência para o manejo de ferida de pós-operatório cardíaco a utilização de curativo estéril para proteção da incisão por até 24 horas com seguinte avaliação de retirada ou não do curativo associado a diversas ações como a detecção precoce de complicações no intuito de prevenir ou minimizar o risco de infecção no sítio cirúrgico cardíaco.
CONCLUSÃO: O conjunto de medidas, quando postas em prática, é efetivo para precaução de infecção e uma boa cicatrização da ferida operatória, porém ainda são necessários estudos para elucidar várias lacunas existentes na prática de cicatrização de feridas.

 


 

P 02

Redução de risco cardiovascular em prevenção secundária após intervenções para alterações no estilo de vida

Marco Aurelio Lumertz Saffi; Ane Carisi Polanczyk; Eneida Rejane Rabelo

INTRODUÇÃO: Estudos têm demonstrado a importância dos fatores de risco (FR) na gênese e progressão da doença arterial coronariana (DAC). Um grande desafio para os enfermeiros está na orientação dos indivíduos para modificações de seus comportamentos, os quais são prejudiciais à saúde cardiovascular.
OBJETIVO: Avaliar o acompanhamento sistemático conduzido por enfermeiro, por meio de consultas individualizadas, na redução da estimativa de risco cardiovascular em pacientes com DAC.
MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado em hospital terciário com pacientes com DAC estabelecida. O grupo intervenção (GI) recebeu as orientações pelo enfermeiro através de consultas individuais e ligações telefônicas durante um ano. A intervenção consistiu no manejo de parâmetros relacionados aos FR cardiovascular. O grupo controle (GC) teve seguimento convencional sem as orientações do enfermeiro. Os pacientes foram estratificados por meio do Escore de Risco de Framingham (ERF) e comparados ao final do seguimento.
RESULTADOS: Total de 74 pacientes, 38 (GI) e 36 (CG), idade média 58+9, 74% sexo masculino. O ERF no GI reduziu em 1,7 pontos (- 13,6%) e no GC aumentou em 1,2 pontos (+ 11%) (P=0,011). No GI, houve redução do peso: 78+14 para 77+14 (P=0,04); pressão arterial sistólica: 136+22 para 124+15 (P=0,005); e diastólica 82+10 para 77+9 (P=0,02).
CONCLUSÃO: Nossos achados evidenciaram que as estratégias de intervenção realizadas por enfermeiros foram efetivas na redução da ERC e aplicáveis na prática clínica.

 


 

P 03

Cirurgia robótica de revascularização miocárdica

Amanda Ferreira Gonçalves; Rita de Cássia Grássia

INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização miocárdica (CRVM) oferece completa revascularização e excelentes resultados em longo prazo, porém a morbidade cirúrgica permanece entre 10% e 15%. Com o objetivo de diminuir o índice, procurou-se realizar cirurgias menos agressivas. Assim, surgiram as cirurgias robóticas.
OBJETIVO: Identificar as evidências científicas sobre o emprego de sistemas robóticos em CRVM.
MÉTODOS: Trata-se de pesquisa retrospectiva realizada por meio de uma revisão sistemática de literatura, de nível I quantitativa. Foram selecionados periódicos de 2001 a 2011, escolhidos após leitura do título e posteriormente resumo e que se enquadravam nos níveis de evidência de acordo com critério de Galvão.
RESULTADO: Foram encontrados 1.678 periódicos nas bases de dados CINHAL LILACS, BDENF, MEDLINE. Após leitura dos títulos e resumos foram selecionados 13, todos no idioma inglês. A CRVM robótica é um desafio devido: aumenta o grau de complexidade da cirurgia, a dificuldade de coleta e anastomose dos vasos, o acesso às estruturas cardíacas por minitoracotomias, tempo operatório prolongado, uso ou não de circulação extracorpórea e soluções cardioplégicas e eventos adversos.
DISCUSSÃO: Em todos os estudos, houve ausência de mortalidade operatória, alta patência angiográfica e baixa morbidade pós-operatória, altas taxas de conversão para toracotomia e complicações pós-operatórias não afetaram as taxa de mortalidade, devido à identificação precoce do problema e intervenção adequada pela equipe de enfermagem.
CONCLUSÃO: Há evidências claras na literatura que a CRVM robótica é um meio seguro e eficaz. Porém, houve eventos adversos pós-operatórios significativos, que diminuíram conforme a experiência do cirurgião.

 


 

P 04

Diagnósticos de enfermagem em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca em Hospital Universitário de grande porte

Katherine Sayuri Ogusuku; Oliveira TR; Lira JLM; Barros MM; Rueda L; Rocha SR; Souza RZ; Anjos NR; Karazawa NS; Inglez LY; Almeida JA; Oliveira SM; Santos V; Morita CM; Pimentel WS; Fonseca JHAP

INTRODUÇÃO: Pacientes submetidos a cirurgias cardíacas requerem intervenções de enfermagem planejadas e embasadas em conhecimento científico. Diagnósticos de enfermagem constituem a base para isso, beneficiando o planejamento ao atendimento, comunicação entre a equipe, controle clínico e de riscos, e o compromisso de um cuidado baseado em evidências.
OBJETIVO: Identificar os diagnósticos de enfermagem utilizados no pós-operatório imediato de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca pela NANDA-I 2009-2011.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e longitudinal, realizado em uma unidade de terapia intensiva de cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte no Estado de São Paulo. Foram coletados os dados no pós-operatório imediato de todos os pacientes com idade superior a 17 anos, no período de março a dezembro de 2011, utilizando-se dos diagnósticos de enfermagem taxonomia II da NANDA-I 2009-2011.
RESULTADOS: Realizada a coleta de dados de todas as cirurgias cardíacas, totalizando 220 procedimentos. As informações possibilitaram a identificação de 15 diagnósticos principais de enfermagem em comum.
DISCUSSÃO: 30% dos pacientes vieram extubados do Centro Cirúrgico, porém apenas 8,7% iniciaram a alimentação 6 horas após a admissão. Os outros continuaram em jejum devido às restrições da cirurgia ou náuseas. Utilizamos Mobilidade no Leito Prejudicada para apenas 31% dos pacientes, pois nas cirurgias mais complexas não os mobilizamos para evitar instabilidade. Risco de Confusão Aguda foi alto, devido à complexidade da cirurgia, utilização da Circulação Extracorpórea, somando-se a idade dos pacientes.
CONCLUSÃO: A utilização dos diagnósticos de enfermagem se faz necessária para melhor assistência individualizada e humanizada aos pacientes.

 


 

P 05

Como os enfermeiros evidenciam os cuidados com drenos torácicos

Ysabelly Cristina Araújo Fonseca; Rayanne Suélly da Costa Silva; Noeme Beatriz Dantas de Paiva; Danielly Isabel Gomes de Lima; Neyse Patrícia do Nascimento Mendes

INTRODUÇÃO: A drenagem torácica tem por finalidade a remoção de gases, líquidos e sólidos do espaço pleural ou mediastino, que podem ser resultantes de processos infecciosos, trauma ou procedimentos cirúrgicos e na cirurgia cardíaca faz parte do atendimento de excelência. Nesse contexto, o enfermeiro possui um papel central na prevenção de infecção e na assistência ao cliente, que compreende desde o pré-operatório imediato à retirada do dreno.
OBJETIVO: Identificar como os enfermeiros realizam os cuidados com drenos torácicos no pós-operatório de cirurgia cárdica.
MÉTODOS: Trata-se de estudo de revisão realizado nas bases de dados MEDLINE, PUBMED e LILACS utilizando-se dos seguintes descritores: cirurgia torácica, drenagem e enfermagem. Como critérios de inclusão, foram utilizados estudos publicados nos anos de 2001 a 2011 que abordassem a temática. Assim, encontrou-se um total de 40 estudos, sendo 06 selecionados.
RESULTADOS: Dois artigos estudaram sobre a construção de diretrizes e protocolos na padronização dos cuidados com drenos torácicos no POI de cirurgia cardíaca. Um estudo realizado com enfermeiros de cirurgia torácica observou que é importante a padronização com drenos, pois 70% dos enfermeiros da pesquisa possuem conhecimento regular sobre o cuidado com drenos.
DISCUSSÃO: Os cuidados com drenos não são padronizados, pois os enfermeiros realizam de acordo com protocolo hospitalar local direcionado a cirurgia cardíaca, sendo estudos de baixa evidência científica.
CONCLUSÃO: Foi observado que os cuidados com drenos no pós-operatório ocorrem de acordo com os protocolos institucionais, perfazendo, assim, a necessidade de estudos de boas evidência nesta temática.

 


 

P 06

Revascularização do miocárdio minimamente invasiva: Relato de caso na assistência de enfermagem

Noeme Beatriz Dantas de Paiva; Neyse Patricia do Nascimento Mendes; Danielly Isabel Gomes de Lima; Rayanne Suelly da Costa Silva; Ysabelly Cristina Araujo Fonseca

INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) vem sendo aperfeiçoada com a introdução de novos métodos tecnológicos e ação da robótica, tal situação é vivenciada através da inserção de enxertos arteriais no coração com "tórax fechado". Esta abordagem visa diminuir a morbimortalidade, complicações e permanência hospitalar decorrente de cirurgias convencionais de tórax aberto, favorecendo um rápido restabelecimento dos pacientes operados. Tal procedimento era futurista e hoje se torna realidade no nordeste do Brasil. A enfermagem atua por meio da assistência direcionada a estes casos, utilizando de competência técnica - científica na prestação dos cuidados.
OBJETIVO: Descrever os cuidados de enfermagem no pós-operatório de paciente submetido à CRVM minimamente invasiva, por videotoroscopia.
MÉTODOS: Relato de caso de um paciente de 50 anos, portador de dislipidemia, hipotireoidismo e insuficiência coronariana obstrutiva (DA 70% do terço médio), submetido a CRVM por videotoroscopia, e com assistência desenvolvida na UTI do Hospital Universitário do nordeste do Brasil.
RESULTADOS: A assistência ofertada foi pautada na monitorização hemodinâmica do paciente (debito cardíaco, PAM, PVC), respiratória, metabólica, renal (controle hídrico rigoroso), assistência que favoreceu a diminuição da dor, cuidados com drenos e deambulação precoce.
DISCUSSÃO: As ações foram desenvolvidas com os mesmos critérios da assistência a CRVM convencional, com vigilância acentuada a tromboembolismos estimulando a deambulação precoce.
CONCLUSÃO: O estudo concluiu que os cuidados de enfermagem planejados para o pós-operatório da cirurgia de RVM por videotoroscopia corroboram com o sucesso da técnica utilizada, que visa uma rápida recuperação dos pacientes.

 


 

P 07

Balão intra-aórtico: identificação das principais complicações e intervenções da assistência de enfermagem

Andrelise Marianicoletti; Patrícia Pinheiro

INTRODUÇÃO: Os pacientes que fazem uso do Balão Intra-Aórtico são considerados críticos, o que exige do Enfermeiro uma adequada sistematização e conhecimento sobre as complicações potenciais. Sob o ponto de vista da legislação do exercício profissional, todos os cuidados de enfermagem requeridos por paciente grave com risco de vida, devem ser executados pelo Enfermeiro. Dessa forma, a assistência de enfermagem qualificada garante segurança e sucesso na manutenção desse dispositivo.
OBJETIVO: Identificar as principais complicações decorrentes do uso do Balão Intra-Aórtico; Sistematizar a assistência de enfermagem com olhar voltado à prevenção e/ou detecção precoce de sinais sugestivos às complicações evidenciadas na revisão de literatura.
MÉTODOS: Esta pesquisa foi realizada em formato de revisão bibliográfica nas bases de dados da Scielo, Lilacs, Medline e Bireme, utilizando artigos indexados no período de 1998 a 2010 mediante os descritores: Balão Intra-Aórtico e Complicações. Entre as referências encontradas, foram utilizados 16 artigos diretamente relacionados ao tema proposto.
RESULTADOS: Dos 16 estudos utilizados no levantamento bibliográfico apontaram como principais complicações as de origem vascular. Cabe ressaltar que com a evolução tecnológica relacionada ao design do cateter, bem como a redução do seu calibre de 12 para até 7 Fr, as complicações demonstraram-se em declínio.
CONCLUSÃO: Diante das principais complicações levantadas, podemos destacar como problemas para a enfermagem: risco de perfusão tissular ineficaz e débito cardíaco reduzido. A partir daí traça-se como principais metas do cuidado de enfermagem: minimizar o risco de perfusão tecidual diminuída nas extremidades inferiores e prevenir reduções no débito cardíaco.

 


 

P 08

Cuidados de enfermagem no pós-operatório imediato de revascularização do miocárdio no Hospital Calixto Midlej Filho - Itabuna - BA.

Larissa Cavalcante Nunes

INTRODUÇÃO: O pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca concentra nas primeiras 12 horas momentos mais críticos, onde o paciente estará sujeito a possíveis alterações clínicas, exigindo medidas eficazes para a estabilização hemodinâmica. A admissão de cliente em PO de revascularização do miocárdio (RVM) é norteada por protocolos que são seguidos, sistematicamente, por todo enfermeiro responsável pela admissão, e este deve implementar cuidados desde controle de débitos e monitorização dos parâmetros vitais até ações frente à intercorrências.
OBJETIVO: Descrever a experiência do enfermeiro na admissão de cliente em pós-operatório (POI) de RVM; Analisar condutas instituídas pelo enfermeiro nas primeiras horas de cuidados intensivos; Complementar o protocolo existente no Hospital Calixto Midlej Filho com cuidados de enfermagem relevantes.
MÉTODOS: Realizada pesquisa bibliográfica, utilizou-se ainda o método descritivo como análise e interpretação, com ênfase sobre importância da assistência do enfermeiro no POI de RVM.
RESULTADOS: A assistência de enfermagem no POI é crucial para o atendimento multidisciplinar ao paciente grave. Além dos cuidados de enfermagem que visam promover o conforto, o enfermeiro deve ter amplo conhecimento das alterações fisiológicas induzidas pela cirurgia, estando apto a detectar precocemente alterações que comprometam a recuperação, comunicando e discutindo o quadro clínico com a equipe, para que ações imediatas sejam tomadas. Baseado no protocolo e no processo de enfermagem, o enfermeiro elabora planos de cuidados para reabilitar, restaurar e manter a saúde ótima e evitar complicações no cardiopata cirúrgico.
CONCLUSÃO: O cuidado de paciente POI de RVM é um desafio, dada à diversidade das alterações homeostáticas decorrentes. Portanto, a aplicação de cuidados de enfermagem sistematizados norteia e favorece a assistência, além de aperfeiçoar o tempo e reduzir complicações.

 


 

P 09

Perfil dos pacientes submetidos a implante de marcapasso em laboratório de hemodinâmica e as implicações para os protocolos de enfermagem

Roselene Matte; Leticia Orlandin; Graziella Badin Aliti; Thamires de Souza Hilário; Eneida Rejane Rabelo

INTRODUÇÃO: Quando há falha no processo de condução do estímulo elétrico, pode existir a necessidade de estimulação elétrica artificial. Em muitos casos, o implante de marcapasso (MP) cardíaco definitivo pode ser indicado para manter a atividade elétrica cardíaca em situações clínicas de disfunção do nó sinusal, síndrome do seio carotídeo, bloqueio atrioventricular e intraventricular, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e síndromes neuromediadas ou vaso vagais.
OBJETIVO: Descrever indicações clínicas dos pacientes submetidos a implante de MP cardíaco definitivo eletivo ou troca de gerador, em Laboratório de e Hemodinâmica em e tempo de procedimento.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal histórico realizado no período de janeiro a dezembro de 2011. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, indicação clínica para o implante do dispositivo e tempo de procedimento.
RESULTADOS: Foram avaliados 26 pacientes com idade média de 72,5 anos e 58% do sexo feminino. As indicações clínicas mais prevalentes para o implante de MP ou troca de gerador foram: bloqueio atrioventricular total em 77% dos casos, bradicardia em 15%, síndrome do nó sinusal em 4%; em média o tempo de procedimento foi de 47 minutos.
CONCLUSÃO: As indicações de implante de MP definitivo e o tempo de duração de procedimento estão de acordo com as diretrizes atuais. A elaboração de protocolos assistenciais visando melhorar o cuidado de enfermagem prestado a esses pacientes pode ser desenvolvida a partir do levantamento desses dados.

 


 

P 10

Correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal na sala de hemodinâmica: implicações para o cuidado de enfermagem

Roselene Matte; Graziella Badin Aliti; Letícia Orlandin; Thamires de Souza Hilário; Eneida Rejane Rabelo

INTRODUÇÃO: O tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal (AAA) foi inicialmente desenvolvido como alternativa para pacientes com contraindicação para o reparo cirúrgico convencional. Dados de estudos clínicos têm demonstrado um benefício inicial de sobrevida com o reparo endovascular eletivo (endoprótese metálica implantada através de cateter) sobre o reparo cirúrgico aberto.
OBJETIVO: Descrever o perfil dos pacientes e os aspectos técnicos relevantes para subsidiar o cuidado de enfermagem aos pacientes submetidos à correção endovascular de AAA, no Laboratório de Hemodinâmica, em um Hospital Público-Universitário.
MÉTODOS: Estudo transversal histórico. Foram incluídos 17 pacientes com elevado risco cirúrgico submetidos à correção endovascular de AAA, no período de janeiro a dezembro de 2011. Foram coletados dados relacionados aos fatores de risco pré-operatório (comorbidades) e detalhes técnicos no período intraoperatório (tempo de sala e número de próteses utilizadas).
RESULTADOS: Foram avaliados 17 pacientes com idade média 72 anos, 59% do sexo masculino, 82,3% apresentavam hipertensão arterial sistêmica e a maioria eram tabagistas ativos. O tempo médio de sala foi de 1h50minutos. Foram utilizadas, em média, uma endoprótese bifurcada e um ramo contralateral.
CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes eram idosos, hipertensos e tabagistas. O tempo de sala foi ao encontro do indicado pela literatura e o número de próteses utilizadas é semelhante aos dados já publicados. O conhecimento desses resultados possibilita à equipe de enfermagem o planejamento do cuidado visando garantir a sua qualidade e segurança.

 


 

P 11

Indicação do uso da manta térmica no pós-operatório de cirurgia cardíaca

Luciana Bjorklund de Lima; Silvia Regina Pereira Roveda

INTRODUÇÃO: A hipotermia é classificada como não-intencional e terapêutica. No transoperatório de cirurgia cardíaca, é comum a indução da hipotermia com finalidade terapêutica de proteção neurológica e melhor acesso do cirurgião ao sítio cirúrgico. A hipotermia terapêutica no transoperatório de cirurgia cardíaca pode acarretar eventos adversos no pós-operatório, como hipocalemia, risco de sangramento, risco para infarto agudo do miocárdio e arritmias cardíacas, pneumonia e infecção da ferida operatória.
OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é identificar na literatura estudos sobre a indicação do uso da manta térmica no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
MÉTODOS: Foram utilizados os seguintes descritores: parada circulatória induzida por hipotermia e temperatura corporal. As bases de dados pesquisadas foram Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (ME-DLINE) e PubMed.
RESULTADOS: Foram encontrados dois artigos que compararam o uso da manta térmica com o uso de outros dispositivos de aquecimento ativos no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
DISCUSSÃO: Em ambos os estudos os resultados referem que o aquecimento do paciente com o uso da manta térmica foi mais eficaz em comparação com outros dispositivos de aquecimento ativo.
CONCLUSÃO: O uso da manta térmica no pós-operatório de cirurgia cardíaca favorece a diminuição do número de eventos adversos, assim como o menor tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, menor tempo de uso de ventilação mecânica e aumento da temperatura corporal média.

 


 

P 12

Papel do enfermeiro e assistência de enfermagem na revascularização do miocárdio

Tânia Cândida de Faria Candiotto; Elisangela Angelica Dias Januário

INTRODUÇÃO: Em âmbito mundial, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pelas principais causas de morte e incapacidade.
OBJETIVO: Buscar publicações na literatura que abordem o papel do enfermeiro e assistência prestada aos pacientes submetidos à revascularização do miocárdio.
MÉTODOS: Trata-se de pesquisa descritiva, retrospectiva por meio de revisão narrativa de literatura, seguindo as etapas preconizadas para estudo desta natureza. Foram pesquisadas publicações científicas no período compreendido entre 2000 e 2010 nas seguintes bases de dados e periódicos: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências e Saúde (LILACS), Bases de dados de Enfermagem (BDENF).
RESULTADOS: A partir da revisão da produção científica nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências e Saúde (LILACS) e Bases de dados de Enfermagem (BDENF), selecionadas por meio dos descritores propostos, foram identificados 48 artigos científicos. Repetições foram excluídas, levando ao resultado de 30 artigos científicos.
CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem no pós-operatório imediato é de fundamental importância dentro do contexto do atendimento multidisciplinar ao paciente grave. Evidentemente, além dos cuidados de enfermagem que visam promover o conforto e o bem estar do paciente, o profissional nesta unidade deve ter amplo conhecimento das alterações fisiológicas induzidas pelo ato cirúrgico, estando apto a detectar precocemente alterações que possam comprometer a evolução do tratamento e os riscos para o desenvolvimento de arritmias e complicações por infecções.

 


 

P 13

Assistência de enfermagem no pós- operatório de aneurisma da aorta abdominal: relato de caso

Cintia Capistrano Teixeira Rocha; Jullyani Queirós dos Santos; Poliana Carvalho de Souza; Noeme Beatriz Dantas de Paiva; Rayanne Suelly da Costa Silva; Danielly Isabel Gomes de Lima; Ysabelly Cristina Araujo Fonseca; Anne Tatiane Dantas Sales; Neyse Patrícia do Nascimento Mendes

INTRODUÇÃO: Aneurisma é uma doença silenciosa e na maioria das vezes fatal sendo a reparação cirúrgica um dos tratamentos de escolha. Assim é indispensável à assistência de enfermagem individualizada as necessidades do paciente submetido à cirurgia principalmente no manejo crítico do pós-operatório (PO). Tendo em vista que pacientes em PO de cirurgia cardiovascular requerem cuidados intensivos de alta complexidade torna-se imperativo que as ações do enfermeiro pautem-se na identificação e correlação clínica dos sinais de complicações potencialmente fatais.
OBJETIVO: Descrever os cuidados de enfermagem a um paciente no pós- operatório de correção de aneurisma de aorta toraco-abdominal por colocação de endoprótese do tipo C3.
MÉTODOS: Trata-se de um relato de caso desenvolvido na UTI de um Hospital universitário no RN no mês de dezembro de 2011. Paciente do sexo masculino, 49 anos, portador de aneurisma de aorta toraco-abdominal, diabético, hipertenso, internado para submeter-se a cirurgia cardiovascular e colocação de endopróteses do tipo C3.
RESULTADO: Os cuidados de enfermagem no PO objetivaram monitorizar e estabilizar os sistemas orgânicos pela intensificação na monitorização hemodinâmica, metabólica, respiratória, priorizando as pressões venosa central e arterial média, débito cardíaco e urinário, temperatura, nível de consciência.
DISCUSSÃO: A intensiva monitorização hemodinâmica, respiratória constitui ações imprescindíveis para o manejo de pacientes em PO de cirurgia cardiovascular, portanto o enfermeiro deve organizar um plano de cuidados individual.
CONCLUSÃO: Concluímos que os cuidados de enfermagem no pós-operatório de correção de aneurisma de aorta toraco-abdominal quando bem planejados e executados podem prevenir complicações potencialmente fatais ao paciente.

 


 

P 14

Revisão integrativa sobre o uso das classificações de enfermagem no perioperatório de cirurgia cardíaca

Luciana Bjorklund de Lima; Kissi Teixeira Taroko; Eneida Rejane Rabelo

INTRODUÇÃO: O centro cirúrgico tem como característica principal realizar procedimentos anestésicos cirúrgicos ao paciente. Nesse cenário a avaliação do enfermeiro em relação aos potenciais riscos inerentes ao procedimento anestésico e cirúrgico, bem como a avaliação das condições do paciente permite identificar necessidades específicas, e assim, implementar intervenções que contribuam com a segurança do paciente. O Processo de Enfermagem é uma ferramenta de uso exclusivo do enfermeiro no qual confere cientificidade e autonomia para a prática clínica. Estudos realizados em ambiente de centro cirúrgico sobre a identificação de diagnósticos de enfermagem no transoperatório referem que o uso das classificações auxiliam os enfermeiros na implementação de intervenções fundamentadas de acordo com as necessidades dos pacientes.
OBJETIVO: O presente estudo é uma revisão integrativa sobre a o uso das classificações de enfermagem no período perioperatório de cirurgia cardíaca.
MÉTODOS: Para a seleção dos artigos utilizou-se as bases de dados BDENF e PubMed, e a amostra desse estudo constitui-se de dois artigos.
RESULTADOS: A análise dos artigos incluídos no estudo apontam resultados que reforçam a necessidade do uso dos diagnósticos de enfermagem no período perioperatório de cirurgia cardíaca, colaborando para a tomada de decisão e para a implementação de intervenções rápidas e eficazes na resolução de problemas.
CONCLUSÃO: A ferramenta do Processo de Enfermagem utilizando as Classificações de Enfermagem possibilita ao enfermeiro a visibilidade da sua prática clínica. Essas classificações conferem ao enfermeiro a segurança necessária para prestar uma assistência livre de danos, bem como a promoção de conforto e bem estar ao paciente durante o procedimento anestésico cirúrgico.

 


 

P 15

Análise do quantitativo de pessoal de enfermagem para transoperatório de cirurgia cardíaca

Luciana Bjorklund de Lima; Silvia Regina Pereira Roveda

INTRODUÇÃO: A evolução tecnológica, aliada ao desenvolvimento de novas técnicas anestésico-cirúrgicas, especialmente em cirurgia cardíaca, vem contribuindo com a necessidade de uma equipe de enfermagem altamente qualificada para a assistência transoperatória. Além do conhecimento técnico-científico específico, faz-se necessário que o quantitativo do pessoal de enfermagem também seja um fator relevante na prestação de uma assistência eficaz e segura ao paciente.
OBJETIVO: O objetivo desse estudo é aplicar um modelo matemático para dimensionar a equipe de enfermagem para a assistência transoperatória de cirurgias cardíacas eletivas.
MÉTODOS: O local do estudo foi o bloco cirúrgico de um hospital universitário da cidade de Porto Alegre, RS. Os dados foram coletados a partir dos relatórios de produtividade da unidade em estudo durante o período de janeiro a dezembro de 2010.
RESULTADOS: Totalizaram-se 510 procedimentos cirúrgicos realizados, sendo 139 (27,1%) de revascularização do miocárdio seguido de 84 (16,5%) de troca de valva aórtica. A média de uso de sala cirúrgica por procedimento foi de 3,35 horas. O cálculo realizado indica que para a assistência de enfermagem de cirurgias cardíacas eletivas, a composição do quadro de profissionais deve ser de aproximadamente duas enfermeiras e oito técnicos de enfermagem.
DISCUSSÃO: Esses resultados não contemplam as cirurgias cardíacas realizadas no horário noturno, finais de semana e feriados, o que indica a necessidade de adequação da força de trabalho para as categorias profissionais.
CONCLUSÃO: Faz-se necessária a realização de novos estudos para avaliação da carga de trabalho de enfermagem na assistência transoperatória dessa modalidade cirúrgica.

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