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ARTIGO ORIGINAL

Padronização da técnica para cirurgia cardíaca videoassistida: experiência inicial

Jeronimo Antonio FORTUNATO JÚNIORI; Alcides A. BRANCO FILHOII; Aníbal BRANCOIII; André Luiz M MartinsIV; Marcelo L PereiraIV; João Gustavo G FerrazV; Luciana PaludoVI

DOI: 10.1590/S0102-76382008000200006

INTRODUÇÃO

O acesso cirúrgico em doenças cardíacas com técnicas minimamente invasivas evoluiu nos últimos anos, mas as dificuldades de exposição e visibilização das estruturas cardíacas limitaram sua ascensão. Com o advento da videocirurgia em cirurgia geral e sua aplicação em cirurgia cardíaca, os procedimentos minimamente invasivos têm se tornado cada vez mais freqüentes. A robótica com instrumentos articulados e motorizados aprimoram essa nova técnica.

Iniciamos nossos trabalhos com videocirurgia cardíaca em 2006, por meio da experiência adquirida com cirurgia torácica e geral. Sempre que houve possibilidade de se realizar uma cirurgia cardíaca por acesso minimamente invasivo, esta foi a abordagem inicialmente utilizada. A conversão para cirurgia aberta foi aventada em caso de necessidade.


MÉTODOS

Os instrumentais utilizados envolveram um toracoscópio com diâmetro de 5 ou 10 mm, conforme a necessidade de campo visual, e angulação de lente de 30°, também instrumentais (ESTECH Inc., Califórnia-USA), idealizados especificamente para cirurgia cardíaca, como afastadores de átrio, tesouras, empurradores de nós, porta-agulha e contra porta-agulha). Outros instrumentos, como pinças, clampes, eletrocautério e grampeadores, além de câmara de vídeo e fonte de luz, foram os mesmos utilizados nas laparoscopias convencionais (Figura 1). Utilizamos insuflador de CO² e manômetro com pressão negativa nos casos de abertura da cavidade cardíaca. Os Kits de canulação femoral (DLP® of Medtronic Inc., Minneapolis-USA) arterial e venosa foram utilizados na CEC periférica.


Fig. 1 - Visão panorâmica da minitoracotomia lateral direita para acesso a valva mitra, com os instrumentais de videoscopia



Os casos apresentados foram divididos em dois grupos, de acordo com o acesso e a necessidade de cardiotomia:

Grupo I

Toracoscopia lateral esquerda, sem cardiotomia, através de três portas de acesso de 10 mm para instrumentação, foi utilizada nos seguintes casos:

(1) Ligadura de fistula coronário-pulmonar sintomática, sem toracotomia.

- Paciente do sexo feminino, 45 anos, com diagnóstico de fistula coronário-pulmonar após meses de dor torácica e dispnéia (Figura 2).


Fig.2 - Aspecto videoscópico da ligadura da fístula coronário-pulmonar



(2) Implante de eletrodo epicárdico em ventrículo esquerdo para ressincronização ventricular, sem toracotomia.

- Paciente do sexo feminino, 53 anos, portadora de miocardiopatia dilatada classe funcional III (NYHA) com bloqueio completo do ramo esquerdo (Figura 3).


Fig. 3 - Visão endoscópica do eletrodo implantado em parede lateral de ventrículo esquerdo



(3)* Retirada de lipoma gigante de pericárdio com pedículo em átrio esquerdo.

- Paciente do sexo masculino, 32 anos, com dor torácica e extrassistolia freqüente e diagnóstico de lipoma gigante intrapericárdico aderido ao átrio esquerdo, por tomografia e ecocardiografia. Exame anatomopatológico revelou lipoma benigno com 900 gramas de peso.

(4)* Ressecção de hemangio-lipoma de mediastino.

- Paciente do sexo masculino, 55 anos, com achado radiológico de alargamento de mediastino e tomográfico de massa tumoral, diagnosticado ao anatomopatológico como hemangio-lipoma.

*Observação: Nos dois casos de lipoma, minitoracotomia foi utilizada para instrumentação e retirada dos grandes tumores.

Grupo II

Toracoscopia lateral direita com cardiotomia


Os casos do grupo II envolveram cardiotomia e, desse modo foram submetidos a circulação extracorpórea através de canulação arterial e venosa femorais. Kits de canulação de baixo perfil (DLP® Medtronic Inc.), idealizados para circulação extracorpórea periférica, foram utilizados em ambos os casos. A introdução da cânula venosa até o átrio direito foi feita por visão direta ou videoscópica, não sendo necessária a utilização de ecocardiograma transesofágico (ETE). A parada cardíaca foi realizada com fibrilação ventricular hipotérmica, não sendo utilizado pinçamento transtorácico ou endoclamp.

(5) Comissurotomia em estenose mitral pós-plastia com anel de Carpentier 12 anos antes. Foi realizada circulação extracorpórea femoral com drenagem venosa com cânula femoral única (24 Fr) longa conduzida até átrio direito, por visão endoscópica e cânula arterial (17 Fr) em artéria femoral direita. Através de atriotomia esquerda sem dissecção pericárdica abaixo do nervo frênico e após exposição do átrio esquerdo sob videoscopia foi realizada a comissurotomia anterior e posterior. O procedimento ocorreu de forma totalmente endoscópica, sem incisões maiores do que as utilizadas para os trocateres e instrumentais, três portas de acesso foram utilizadas para instrumentação.

- Paciente do sexo feminino, 24 anos, com quadro de insuficiência cardíaca classe funcional III (NYHA) com história de estenose mitral reumática e plastia com anel de Carpentier aos 12 anos de idade, tendo como diagnóstico ecocardiográfico: reestenose mitral importante pós-plastia (Figura 4).


Fig. 4 - Aspecto videoscópico da valva mitral, pré e pós comissurotomia



(6) Plastia mitral e cirurgia de MAZE modificada foi realizada através de uma minitoracotomia ântero-lateral direita de 6 cm e acesso de 10 mm para toracoscópio. Circulação extracorpórea femoral com drenagem venosa com cânula femoral única (24 Fr) longa conduzida até átrio direito, por visão direta, e cânula arterial (17 Fr) em artéria femoral direita. Após drenagem das cavidades e fibrilação ventricular hipotermica (+ 26º), foi realizada atriotomia esquerda e exposição do interior do átrio esquerdo sob videoscopia. Realizada plastia da valva mitral com anel de Gregori, ligadura da aurícula esquerda e ablação das veias pulmonares com cateter de radiofreqüência.

- Paciente, do sexo feminino, 59 anos, com miocardiopatia dilatada classe funcional III (NYHA), fibrilação atrial de alta resposta e insuficiência mitral grave.


RESULTADOS

Nenhum óbito ocorreu nesta série, o tubo traqueal foi retirado em todos os casos na sala cirúrgica a exceção do caso 6. Minitoracotomia auxiliou nos casos 3, 4 e 6. O caso 5 foi realizado de forma totalmente endoscópica, ou seja, sem toracotomia, a visão da cavidade torácica e atrial esquerda foi realizada totalmente de forma indireta, por videoscopia. A parada cardíaca, realizada pela fibrilação ventricular hipotérmica, não foi associada a complicações, dispensando o uso de pinçamento transtorácico ou endoclampeio aórtico. Foram utilizados kits de cânulas venosa e arterial para acesso periférico da circulação extracorpórea. Através de dissecção de artéria e veia femoral e introdução das cânulas pela técnica de Seldinger, o bypass cardiopulmonar foi instituído com sucesso.

O resultado cirúrgico nos pacientes foi altamente satisfatório, sendo que todos receberam alta hospitalar com média de internação de 5,4 dias + 6 dias após a intervenção e são acompanhados em ambulatório do serviço. Todos os pacientes optaram pelo procedimento minimamente invasivo e assinaram documento formal. A dor, exprimida pela quantidade de analgésicos utilizados, foi reduzida. Quando comparado à esternotomia mediana, o efeito estético foi referido como excelente pelos pacientes.


DISCUSSÃO

Na década de noventa do século passado, a cirurgia cardíaca minimamente invasiva (CMMI) trazia promessas de grandes resultados em relação à dor pós-operatória, efeito estético das pequenas incisões e redução do sangramento cirúrgico. Entretanto, devido aos resultados contraditórios, muitos relatos discutiam os procedimentos minimamente invasivos, quando comparados aos convencionais em relação a complicações e sobrevida. Vários estudos demonstraram maior índice de complicações nos procedimentos ditos pouco invasivos [1-3].

Em contrapartida, uma experiência de 1998 em 120 pacientes, comparando a técnica convencional com as mínimas incisões na cirurgia da valva aórtica, demonstrou semelhantes resultados na sobrevida, mas diferença expressiva quanto à dor pós-operatória, necessidade de hemo-transfusão, mínima analgesia e baixa incidência de arritmias nos casos minimamente invasivos [4]. Mulinari et al., em 1997, no Brasil, utilizaram a miniesternotomia em cirurgias valvares, obtendo resultados também promissores [5].

Com o advento da videocirurgia, da implementação das técnicas para acessos vasculares, das cânulas para circulação extracorpórea e do endoclampeio aórtico (port-access technology), os procedimentos minimamente invasivos em cirurgia cardíaca tomaram um novo rumo, com resultados cada vez mais promissores e relatados com maior freqüência [6-10].

Mesmo com essa evolução alguns estudos ainda discutem o procedimento. Numa série de 51 pacientes submetidos a reparo de valva mitral com port-access, foi relatada 9,8% de mortalidade hospitalar e 3,9% de conversão para cirurgia aberta por complicações do endoclampeio aórtico [9]. Em contrapartida, outro estudo avaliou 106 pacientes operados por minitoracotomia e port access, demonstrando resultados promissores quanto aos seguintes parâmetros: permanência em UTI (média de 31 horas), ausência de morte pós-operatória ou infecção de ferida cirúrgica e média de 5,6 dias de internação hospitalar [6].

Desde a última década são apresentados estudos multicêntricos para demonstrar a eficácia desse novo método. Galloway et al. [11], em 1999, reuniram dados de 121 centros, e incluíram 1.063 pacientes operados pelas técnicas minimamente invasivas, apresentando resultados similares aos da cirurgia convencional, com a vantagem da menor agressão, dor e uso de hemoderivados, além da alta hospitalar e retorno as atividades habituais muito mais precoces.

Mishra et al. [12] reuniram 776 pacientes, operados entre 1997 e 2004, com CCMI na valva mitral e defeitos do septo atrial. A mortalidade foi de 0,46% no grupo valvar; não houve mortalidade no grupo congênito. Ao final do relato, definem a cirurgia minimamente invasiva como método "standard" de tratamento das lesões mitrais isoladas e defeitos do septo atrial. A rápida recuperação, vantagem cosmética e maior satisfação do paciente são os fatores que diferenciam o método em relação à esternotomia mediana.

Greco et al. [13] consideraram-se convencidos da superioridade do procedimento minimamente invasivo no tratamento da cirurgia da valva mitral e defeitos congênitos atriais, no relato de sua experiência com 129 pacientes.

Além das experiências já relatadas, muitos centros utilizando a sofisticação tecnológica da robótica demonstraram suas experiências e, apesar do alto investimento, coroaram os métodos minimamente invasivos pela baixa mortalidade, mínima permanência em UTI e alta hospitalar muito precoce.

Tatooles et al. [14], utilizando a cirurgia assistida pela robótica em 25 pacientes com doença mitral, enfatizaram, além dos excelentes resultados peri-operatórios, um período de internação muito reduzido, com média de 2,7 dias de estadia hospitalar. Entre a primeira e segunda fase da experiência, passou de 4,2 dias para 1,67 dias até a alta hospitalar. O uso do robô "da Vinci" permitiu excelente manipulação cirúrgica da valva mitral com sucesso no reparo primário em todos os casos.

Reichenspurner et al. [15,16], utilizando um vídeo com visão tridimensional (VISTA system) e assistência robótica com comando de voz (AESOP 3000), relataram a experiência com 50 procedimentos na valva mitral por minitoracotomia, não observaram mortalidade hospitalar e confirmaram as vantagens das mínimas incisões já relatadas em outros trabalhos da atualidade.

O Brasil incluiu-se neste rol com as experiências de Jatene et al. [17], que em 1997, relataram o uso da videotoracoscopia para dissecção de artéria torácica interna esquerda e seu implante coronário através de minitoracotomia. Setenta e três pacientes foram operados, com baixo índice de complicações e alta hospitalar precoce. Souto et al. [18], em 2000, demonstraram a técnica de fechamento do canal arterial através de videotoracoscopia. Nos 40 pacientes, destacaram a simplicidade e singularidade do novo método de abordagem [18]. Salerno et al. [19], também em 2000, relataram experiência semelhante em 15 crianças com persistência do canal arterial, em seus resultados enfatizaram excelente efeito estético e baixo índice de complicações. Mesmo com estas experiências são poucos os trabalhos nacionais com as técnicas videoassistidas. Nenhum caso havia sido relatado, a nível nacional, quando iniciamos nossos trabalhos com CMMI em valva mitral.

Hoje, no mundo é cada vez maior a utilização da videocirurgia cardíaca para tratamento das doenças valvares, coronárias e congênitas, ficando na habilidade dos cirurgiões a maior expansão e definitiva consagração destes procedimentos [11,12,20,21].

O relato de nossa experiência visa à demonstração da utilização da videocirurgia em uma ampla variedade de doenças cardíacas, os primeiros casos em situações de atuação na periferia do coração, seguidos pelos procedimentos que envolveram o apoio da circulação extracorpórea periférica na cirurgia da valva mitral.

Os casos de lipoma cardíaco e fistula coronária foram incluídos no presente trabalho com o intuito de demonstrar a possibilidade de se utilizar a videocirurgia em situações eventuais, estimulando os cirurgiões na busca de acessos alternativos às mínimas incisões. Uma pesquisa feita na literatura atual não relatou experiências nestes casos.

O implante de eletrodo epicárdico, via toracoscopia esquerda, para ressincronização ventricular, está bem documentado na literatura [22]. Sua implementação foi estimulada devido ao grau variável de insucesso no implante do eletrodo de ventrículo esquerdo pelo seio coronário. A nova técnica é simples e realizada de forma totalmente endoscópica, os acessos não se utilizam de toracotomia, como no método convencional, mas de três pequenas incisões para introdução do instrumental e fixação do eletrodo epicárdico ativo.

O ponto alto de nossa experiência foi mimetizar os trabalhos internacionais com valvopatia mitral [12,13,20]. Através da circulação extracorpórea instalada via vasos femorais e parada cardíaca em fibrilação ventricular hipotérmica, foi possível a realização de dois casos de plastia mitral. O primeiro em uma reoperação sobre a valva mitral, permitindo recomissurotomia com procedimento totalmente endoscópico (Figura 4). Relato semelhante foi apresentado em cirurgia para correção de defeito do septo atrial com procedimentos mínimos também totalmente endoscópicos [23,24].

Casselman et al. [25] relataram o uso da cirurgia minimamente invasiva em reoperação de valva mitral com parada cardíaca em fibrilação ventricular, e consideraram a técnica como primeira opção em casos de reoperação mitral isolada. O segundo caso foi em uma paciente com cardiopatia dilatada e fibrilação atrial, no qual foi realizada com sucesso a plastia da valva mitral com anel de Gregori, ligadura da aurícula esquerda e ablação das veias pulmonares pela técnica de "Maze modificado.

As pequenas incisões são atraentes tanto para a equipe médica quanto para o paciente, a menor incidência de infecção e deiscência esternal, menor incidência de dor pós-operatória e alta hospitalar precoce estão bem documentadas em muitos trabalhos atuais [20,21].

A discussão quanto ao alto custo do procedimento é momentânea, pois com a maior experiência e os melhores resultados, o custo dos instrumentais tem tendência de diminuir gradativamente, desde que mais casos sejam tratados pela técnica videoassistida.


CONCLUSÃO

Nossa experiência inicial neste campo demonstra a eficácia e exeqüibilidade de introdução deste tipo de técnica em nosso meio. Os resultados alcançados nesta série estimulam os trabalhos com a cirurgia cardíaca videoassistida. O melhor resultado estético e conforto pós-operatório para o paciente, permitindo seu retorno precoce as atividades habituais, mantêm nosso empenho pela continuidade deste procedimento, acessível e promissor.


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Article receive on quarta-feira, 24 de outubro de 2007

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